O Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH) lançou, no dia 19 de novembro último, na Livraria Cultura, no Recife, o livro Desenvolvimento Local e Participação Social, organizado pela socióloga e consultora Tania Zapata, que é também diretora técnica do IADH. A noite de autógrafos contou ainda com um debate sobre Desenvolvimento Local e Comunicação, com a participação do doutor em Comunicação e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Edgard Rebouças, e Tania Zapata. A mediadora do debate foi Patrícia Paixão, coordenadora de Comunicação do IADH e mestra em Comunicação.
O livro Desenvolvimento Local e Participação Social traz sete artigos de pesquisadores que têm a temática do desenvolvimento local como objeto de estudo, pesquisa e trabalho, em entidades e projetos de cooperação nacionais e internacionais. Os artigos abordam reflexões teóricas ou práticas acerca de processos de desenvolvimento com mais eqüidade, justiça, ética e humanismo.’Os artigos têm em comum a crença de que o desenvolvimento local é uma estratégia mais eficiente para alcançar o desenvolvimento humano sustentável’, explica Tania Zapata, uma das autoras. Os artigos são assinados, ainda, por Caio Silveira, Carlos Osorio, Francisco Alburquerque, Márcia Damo, Patrícia Paixão, Pedro Jofilsan, Rafael Pinzón e Socorro Brito, sócios e colaboradores do IADH.
O IADH é uma organização da sociedade civil, fundada há cinco anos, que tem como missão contribuir para o desenvolvimento territorial sustentável, com ênfase no combate à pobreza e redução das desigualdades sociais. O Instituto atua buscando construir o novo paradigma do desenvolvimento sustentável, desenvolvendo trabalhos de campo e produções científicas na área. O primeiro livro editado pelo Instituto foi Desenvolvimento Local: Trajetórias e Desafios, publicado há dois anos.
Debate – O lançamento do livro Desenvolvimento Local e Participação Social teve um grande público, que quase lotou o auditório da Livraria Cultura, no Recife. Durante o debate, Tania Zapata explicou o que é desenvolvimento local e como se dão os processos de desenvolvimento com mais eqüidade e sustentabilidade. Ela ressaltou, ainda, as experiências mundiais de sucesso, que comprovam que o desenvolvimento somente acontece a partir do local, das potencialidades territoriais. ‘A utopia é necessária para a sobrevivência humana’, frisou Tania, acrescentando que as pessoas atualmente vivem em um processo de ‘desesperança’, mas que é preciso acreditar no futuro e trabalhar por ele.
Já Edgard Rebouças, que também coordena o núcleo de pesquisa Observatório de Mídia Regional, na UFPE, abordou o tema da comunicação e de como a mídia se distanciou das comunidades locais. ‘Há também uma inibição da participação social na mídia’, disse. Para ele, os cidadãos e cidadãs devem denunciar as violações de direitos humanos pela mídia, exercendo mais o direito e o dever de participar dos processos sociais, inclusive, dos debates sobre comunicação. Rebouças destacou ainda a influência política histórica nas concessões de canais de rádio e TV no Brasil e cobrou maior envolvimento da academia nas discussões sobre a mídia. Ele divulgou o número para denúncias da sociedade sobre programas que violam os direitos humanos: 0800-619619 (Câmara dos Deputados).
Depois da explanação de Tania Zapata e Edgard Rebouças, o microfone ficou aberto ao público, que fez perguntas aos debatedores. Ao final, a mediadora Patrícia Paixão fez uma breve explicação sobre o IADH e a importância da publicação, citando os autores. Pedro Jofilsan, autor do artigo Gestão de compromissos, encerrou falando em nome dos autores ausentes e qual a proposta do seu artigo. Durante os autógrafos, foi servido vinho aos presentes.
