O IADH – Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano realizou, em parceria com o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) e através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA), o primeiro módulo da formação “Dinâmicas Territoriais e Gestão de Conflitos” no Rio de Janeiro. A formação, realizada na cidade de Araruama de 29 de agosto a 2 de setembro, é direcionada a articuladores, técnicos e membros dos colegiados territoriais dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A atividade – divida em dois módulos, sendo um teórico e um prático – é continuação do processo de fortalecimento dos territórios rurais, iniciado em 2009 no Nordeste brasileiro através do Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais (Pronat). O objetivo é instrumentalizar técnicos, articuladores e membros dos colegiados territoriais para facilitar a compreensão das dinâmicas sociais, culturais, ambientais e econômicas do território, além de mediar as situações de conflito existentes neste.
Não só os paradigmas territoriais são trabalhados durante a oficina. Também são pautadas as relações interpessoais, relações de poder e negociação de acordos. “Além dos objetivos formais da Formação, nós temos outros dois objetivos que são desmistificar as falsas crenças de que conflitos e emoções são coisas feias e de que uma organização é impossível de ser compreendida”, comenta Pedro Jofilsan, associado do IADH que ministra a formação, coordenada pela também associada do Instituto Jeanne Duarte, que já percorreu todos os territórios da região Nordeste e agora percorre as regiões Norte e Sudeste.
Com carga-horária total de 80h – 40h para cada módulo – essa atividade discute, com os participantes, o papel de cada ator social envolvido e as consequências de suas intervenções no processo de desenvolvimento. “Eu não sou mais o mesmo antes e depois da formação. Ela mudou a maneira que tinha de perceber o desenvolvimento e também as minhas relações familiares, profissionais e pessoais, pois ela me convenceu de que as mudanças nos territórios são ligadas às minhas próprias concepções, aos meus modelos mentais”, confessou José Ramos, coordenador do
